O que uma equipe de uma universidade, um drinque, uma novela e uma comédia de William Shakespeare tem em comum? Nem imagina? Pois bem, todas elas tem em o comum o Caldeireiro. No desenrolar desta postagem você notará que a caldeiraria tem história.
A Megera domada
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Elizabeth Taylor e Richard-Burton-Megera Domada,1967. |
“[...] Óh animal monstruoso”! Está deitado como um porco. Medonha morte, como tua pintura é feia e repulsiva! Vamos fazer uma experiência, amigos, com este bêbedo. Que tal a idéia de o pormos numa cama e de o cobrirmos com lençóis bem macios, colocarmos-lhe anéis nos dedos, um banquete opíparo junto ao leito lhe pormos e solícitos serventes ao redor, quando ele a ponto estiver de acordar? Não esquecera sua própria condição este mendigo? [...]. Willian Shakespeare, A Megera Domada.
O animal monstruoso era o caldeireiro um bronco e bêbado, do ponto de vista da nobreza. Ou seja, quem não fosse nobre era truculento e ébrio.
http://literaturaparaasobremesa.blogspot.com.br/2010/05/megera-domada-william-shakespeare.html
Se você nunca assistiu assistiu a peça mas é um noveleiro de plantão, provavelmente conhece a estória, pois a novela o Cravo e a Rosa foi baseada na comédia. O "Bruto" Petruchio agora é um fazendeiro e não um Caldeireiro.
É claro que por mais que seja braçal o trabalho de um fazendeiro ou mesmo de um antigo Caldeireiro isto não o torna um brutamontes, não é nada mais que um estereótipo.
A equipe de caldeireiros de Pardue.
Caldeireiros é o apelido oficial para as equipes esportivas intercolegiais da Universidade de Purdue . Como é comum com apelidos de atletismo , ele também é utilizado como designação coloquial dos alunos e ex-alunos da Purdue em geral. O apelido é muitas vezes abreviado para "Caldeiras" por fãs da escola.

Após a goleada 44-0, o Lafayette Sunday Times noticiou: "Como todos sabem, Purdue desceu para Wabash no último sábado e derrotou os seus onze homens. Crawfordsville ainda não superou isso. O único recurso que eles têm é a alegação de que vencemos os seus homens "científicas" pela força bruta. Nossos jogadores são caracterizados como fabricantes de caldeiras.
Várias das escolas locais relacionou à tradição caldeireiro, sugerindo que Purdue estava subindo o rio Wabash e contratando trabalhadores dos pátios ferroviários Monon para jogar futebol. Claro que não era verdade. No entanto, a mascote oficial da Purdue é uma locomotiva, o Boilermaker especial.
(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Purdue_Boilermakers)
(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Purdue_Boilermakers)
Novamente o Caldeireiro é colocado como alguém robusto, forte. Lógico que isto se dava por causa do trabalho duro, especialmente porquê que estes homens precisavam usar a força para conformar o a chapa, por exemplo, para construir um tubo. Hoje o caldeireiro tem ferramentas modernas que lhe dão facilidades na construção de suas peças e até mesmo a tecnologia ele o profissional, tem como aliado para o seu trabalho.
Uma rua dos Caldeireiros.
Quando em 1522 foi rasgada a rua das Flores, a parte da antiga rua do Souto que lhe ficava a ocidente passou a assumir outras designações. Rua da Laje e da Ferraria de Cima foram nomes que ao arruamento adotou nos séculos seguintes. "Ferraria de Cima", por oposição à "Ferraria de Baixo" (hoje a rua do Comércio do Porto), ambos locais onde funcionavam as oficinas dos ferreiros". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_dos_Caldeireiros)
Legal não é mesmo? No Brasil também temos um rua dos caldeireiros, fica em Mariana, MG. Mais do que justo esta homenagem ao trabalho destes profissionais que participaram e participam do crescimento industrial. Merece até mesmo uma comemoração, que tal um drinque?
O Drinque Boilermaker.

Como nasceu este nome deste coquetel, eu não sei. Mas é interessante imaginar o Caldeireiro antigo depois de uma extenuante jornada de trabalho fazer esta mistura de destilada com fermentada e depois esta mistura cair no gosto do pessoal. Logicamente que a bebida deve vir acompanhada de responsabilidade, não beba se for dirigir ou se for menor. E mais importante ainda, não abuse jamais dela.
Cultural e instrutivo este artigo. A mim pessoalmente, como sempre estive ligado á caldeiraria é sempre com gosto que vê assim um artigo e quando o artigo fala e mostra uma rua da minha cidade (Porto - Portugal) onde por lá trabalhei e passo muitas vezes, então o gosto é redobrado.
ResponderExcluirCumprimentos para os criadores desta página e para todos os Caldeireiros.
Obrigado Mário Magalhães, pela visita e por deixar um comentário apreciativo. Pois bem, embora estejamos do outro lado do Atlântico (Brasil), nada mais do que justo lembrar dos nossos amigos Portugueses que perfazem quase 6 por cento de todas as visitas deste Blog. Sendo o segundo país que mais fornece visualizações de página. Por isto o meu muito obrigado a todos Portugueses que por aqui passaram. Um abraço.
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